sábado, 12 de junho de 2010

Redes Sociais e Comunidades Vituais: fontes de informação

No cenário atual, já muito comentado e discutido neste blog, as redes sociais e as comunidades virtuais ganharam fama e popularidade no Brasil. Há uns dois anos atrás fiquei chocada quando ouvi uma adolescente falar “quem não tem orkut não tem vida social”. Tendo isto em vista, discorreremos aqui sobre as redes sociais e as comunidades virtuais para fins informacionais, refletindo de que forma elas podem ser um recurso informacional útil. Para isto, antes tentaremos encontrar o conceito e algumas características que definam o que é uma “rede”, que apesar de ser um termo muito utilizado hoje, sempre vinculado à internet, já existia há muito tempo. “Quando falamos de organizações que se articulam no padrão de rede estamos dizendo que as relações internas, dos elementos que as formam, se dão como numa rede, a partir de conexões, ponto a ponto, entre as pessoas e instituições. Quando olhamos o mundo procurando ver nele o padrão da rede estamos colocando nosso olhar nas relações, nas conexões.” (AMARAL, p.1) Segundo a mesma autora, outras características das redes é a horizontalidade, ou seja, não existe relações de subordinação. “O que diferencia as redes sociais das redes espontâneas e naturais é a intencionalidade nos relacionamentos, os objetivos comuns explicitados e compartilhados.” (AMARAL, p.2) Aqui temos uma característica própria da rede social, a INTENCIONALIDADE de formar uma rede, a intenção de buscar relacionamentos ou contatos com pessoas para atingir certos objetivos. Mas que objetivos serão esses? Informação. Através de redes e comunidades virtuais as pessoas podem se comunicar com outras, sem limites geográficos e sem grandes custos. “En plena expansión de Internet el éxito comercial consiste en saber crear y mantener Comunidades Virtuales, constituidas por personas que acuden a ellas para satisfacer unas expectativas o necesidades, para aportar su colaboración y para sentirse parte de um colectivo del que recibe y da”. (Sánchez Arce; Saorín Pérez, 2001, p.4) Tenho um perfeito exemplo disso bem perto de mim. Demorou muito tempo para eu entender porque e como meu namorado conseguia passar tanto tempo no Orkut. É isso mesmo, ele passava – e ainda passa - horas a fio lendo e respondendo tópicos de comunidades. Um dia questionei, curiosa, já que eu só entro para ver os recados, respondo e saio em menos de cinco minutos. Ele respondeu e que existem comunidades específicas sobre determinados programas de edição de áudio – um de seus maiores hobbies. Através destas comunidades é possível se comunicar com uma imensa quantidade de pessoas que utilizam esses programas. Alguns já são experts, outros, iniciantes. Mas todos imensamente interessados em fornecer e receber informações úteis sobre esses programas. Eles trocam experiências, divulgam trabalhos e lançam perguntas sobre como fazer determinado efeito, ou como usar um ou outro recurso, enfim, questões diversas sobre esses programas, e são sempre respondidos quase imediatamente, o que pode ser explicado pela quantidade de membros das comunidades. Outra questão interessante que ele colocou quando conversamos sobre o assunto é que agora já se pode fazer buscas no Orkut, como no Google, e recebermos como respostas todos os tópicos que tratam do assunto buscado. Indiscutivelmente, as redes sociais e as comunidades virtuais são fontes de informações riquíssimas, e contém informações extremamente atuais, disponibilizadas por pessoas realmente interessadas no assunto em questão. Essas fontes não podem ser esquecidas pelo bibliotecário, seja para resolver problemas informacionais de seus usuários ou para atualização profissional. REFERÊNCIAS AMARAL, Vivianne. Redes: uma nova forma de atuar. Disponível em: moodleinstitucional.ufrgs.br. Acesso em: 09 jun 2010. SÁNCHEZ ARCE, M. Vanessa; SAORÍN PÉREZ, Tomáz. Las comunidades virtuales e los portales como escenarios de gestión documental y difusión de información. Anales de documentación, n. 4, 2001, p. 215-227.

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