No post da semana passada foram colocadas questões acerca da fotografia. Neste trataremos do assunto Imagem, especialmente dos Bancos de Imagens.
IMAGEM PARA QUE?
Há três tipos de leituras: a sensorial, a emocional e a intelectual. A leitura sensorial é a primeira leitura que o ser humano desenvolve, antes mesmo de aprender a ler palavras, ele “lê” o mundo a sua volta através dos seus sentidos (tato, olfato, visão, audição e paladar). Quando adultos, desenvolvemos os outros dois tipos de leitura – emocional e intelectual – porém, a leitura sensorial nos acompanha a vida inteira, e “acontece” de forma espontânea, antes mesmo de que se decida “ler”. Por exemplo, ao passar por uma loja qualquer você pode não ter a intenção de saber de que loja se trata, mas sempre que encontrar um...

...saberá que é uma lanchonete da rede McDonald’s.
Segundo Aumont (2006, p. 78) “uma das razões essenciais da produção das imagens : a que provém da vinculação da imagem em geral com o domínio simbólico, o que faz com que ela esteja em situação de mediação entre o espectador e a realidade.” Sendo assim, se torna claro o motivo de se usar recursos visuais na transmissão de dados, informações e até mesmo idéias, já que elas - as imagens – chegam de forma muito mais rápida e espontânea ao receptor.
BANCOS DE IMAGENS

Pelo que pude perceber essa semana, existem dois tipos de bancos de imagens: os bancos cujo objetivo é “vender” a imagem para fins publicitários; os bancos de imagens que disponibilizam imagens para fins de pesquisa.
Os bancos de imagens que se enquadram no primeiro tipo, são serviços que disponibilizam imagens prontas para o uso, inclusive imagens fotográficas. Os principais usuários deste serviço são os designers, publicitários e propagandistas. O conceito foi criado nos anos 20, e até hoje é muito usado por revistas, jornais, e por designers que precisam de imagens; porém é criticado por alguns profissionais, que consideram as imagens prontas "sem criatividade" e "sem personalidade". Alguns desses serviços são royalty-free, ou seja, as fotos obtidas (tanto por compra quanto por download, nos serviços grátis) podem ser usadas diversas vezes. Outros requerem o pagamento de uma taxa cada vez que a imagem é usada, e há um limite de usos para a imagem.
Já os bancos de imagens do segunto tipo geralmente pertencem a centros de informações, como bibliotecas, museus e arquivos.
As mudanças do mundo moderno impulsionadas, principalmente pelo impacto dos avanços tecnológicos, influenciaram decisivamente os conceitos de informação e documentação, nos arquivos, bibliotecas, centros de documentação e museus. (BARBIER, INNARELLI, MARTINS, 2002, p.54)
Essas instituições digitalizam seu acervo com dois principais objetivos: facilitar a pesquisa de seus usuários, permitindo o acesso remoto; preservar os documentos originais, diminuindo o manuseio.
Por su parte el desarrollo de la imagen digital y de internet ha conllevado la proliferación de los bancos de imágenes. En esencia, se trata de colecciones que han sido digitalizadas y que, gracias a la utilización de motores de búsqueda basados principalmente en el empleo de palabras clave o descriptores, es posible consultarlas para su evaluación y adquisición. (MUÑOZ CASTAÑO, 2001, p.1)
O autor ainda afirma (2001, p.1) que o profissional da informação deve trabalhar neste contexto para adequar os critérios de organização dos bancos de imagens às percepções e necessidades dos usuários potenciais. Como já vimos no post da semana passada, a organização de fotografias (assim como a de qualquer imagem) precisa de um tratamento especial que requer uma leitura especial e uma boa interpretação, além do conhecimento do perfil dos seus usuários.
REFERÊNCIAS
BARBIERI, Cristina Correia Dias; INNARELLI, Humberto Celeste; MARTINS, Neire do Rossio. Gerenciamento eletrônico de documentos: criação de um banco de informações e imagens no Arquivo Permanente da UNICAMP. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS BIBLIOTECAS CENTROS DE DOCUMENTAÇÃO E MUSEUS, v.1, 2002. Textos... São Paulo: Imprensa Oficial, 2002. p.53-66
MUÑOZ CASTAÑO, Jesús E. Bancos de imágenes: evaluación y análisis de los
mecanismos de recuperación de imágenes. El profesional de la información, v. 10, n. 3, marzo 2001.
FONTES CONSULTADAS
Foto Search. Dispoinível em: http://www.fotosearch.com.br/. Acesso em: 14 abril 2010.
Next Foto. Disponível em: http://www.nextfoto.com.br/. Acesso em: 14 abril 2010.
Fotolia. Disponível em: https://pt.fotolia.com. Acesso em: 14 abril 2010.
Bibliomed. Disponívem em: https://www.bibliomed.com.br. Acesso em: 14 abril 2010.
Fotografias: Acervo fotográfico sob a guarda do Arquivo Público Mineiro. Disponível em:
. Acesso em: 14 abril 2010.